Veja: Homem morto a tiros no Shopping Ponta Negra era ‘jurado de morte’ após ser expulso de facção

Manaus – A Polícia Civil do Amazonas confirmou que Júlio César Santos das Chagas, de 34 anos, morto a tiros no Shopping Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, tinha um histórico em facção criminosa e era considerado “jurado de morte” após ser expulso do grupo. O crime ocorreu na noite do dia 1º de outubro deste ano e causou pânico entre clientes e lojistas do centro de compras.

Segundo o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o homicídio foi planejado e está diretamente ligado ao passado criminoso da vítima, que havia sido membro de uma facção atuante no município de Manaquiri, a 60 km da capital.

“Ele estava escondido em Manaquiri, mas naquele dia veio de barco para passar um momento com a família em Manaus. Na investigação, identificamos a presença de dois veículos, sendo que um deles passou o dia todo seguindo Júlio César, juntamente com o atirador, aguardando o momento para executar a ação”, detalhou o delegado.

Ataque e fuga

No momento do ataque, Júlio César estava acompanhado da ex-companheira, da atual esposa e de duas filhas menores. A vítima tentou correr para dentro do shopping, mas foi atingida e morreu no local.

Após os disparos, lojas foram fechadas imediatamente e clientes buscaram abrigo em razão do tiroteio. A administração do Shopping Ponta Negra, em nota, classificou o episódio como uma “ocorrência de caráter isolado”, afirmou que está colaborando com as autoridades e encerrou as atividades mais cedo, além de reforçar as medidas de segurança. Até o momento, não há registro de outros feridos.

Investigação e prisões

O caso é investigado como homicídio qualificado, com indícios de emboscada. A motivação do crime está diretamente relacionada à sua saída da facção criminosa e à condição de “jurado de morte”, conforme apurado pelas autoridades.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Júlio César já havia sido preso por tráfico de drogas e cumpriu pena na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), sendo liberado em 2019.

A DEHS já prendeu dois suspeitos de envolvimento no assassinato: Eduardo Fernandes Torres, 25 anos, e Matheus Marreiros de Lima, 28 anos. Um terceiro envolvido, identificado como Ronaldo Davi Nascimento Mendes, segue foragido.

A polícia continua as investigações, analisando imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas para localizar o suspeito foragido e esclarecer todos os detalhes do homicídio.

A corporação disponibilizou os números (92) 98118-9535, 197, (92) 3667-7575 ou 181 para quem tiver informações sobre o paradeiro de Ronaldo Davi.

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