
Boa Vista (RR) — A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, nesta segunda-feira (20), aproximadamente 36 quilos de ouro, avaliados em cerca de R$ 25 milhões, durante uma fiscalização de rotina na BR-174, em Boa Vista. O minério estava escondido em um compartimento secreto no banco traseiro de uma picape Chevrolet Montana. O motorista, de 53 anos, foi preso em flagrante e encaminhado à Polícia Federal.
Segundo a PRF, o veículo seguia de Manaus (AM) para Boa Vista (RR). Durante a abordagem, o condutor apresentou informações contraditórias sobre a viagem, o que levantou suspeitas dos policiais. Após uma busca minuciosa, foram encontradas 48 barras de ouro no compartimento oculto, reforçado com metal para dificultar a detecção.
O suspeito, natural do Maranhão, reside no Pará e estava em Manaus antes de ser contratado para transportar o veículo até Boa Vista. Ele alegou que sua função era apenas entregar o carro e vender em Roraima. O ouro apreendido e o motorista foram levados à Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista, onde o material será periciado e o caso registrado.
Esta apreensão é a terceira maior realizada pela PRF em Roraima em menos de dois meses. Em agosto, foram apreendidos 103 kg de ouro, avaliados em mais de R$ 60 milhões, e em outubro, 11,6 kg, avaliados em mais de R$ 7 milhões. Com essas ações, a PRF se consolida como a força policial que mais apreendeu ouro no Brasil, com 190 quilos interceptados só em 2025, totalizando mais de R$ 130 milhões em apreensões.

A PRF informou que as apreensões são resultado do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano AMAS), iniciativa do Governo Federal lançada em 2023 para intensificar o combate ao crime organizado na Amazônia Legal. Desde que passou a integrar a iniciativa, a PRF vem quebrando recordes em ações de combate a crimes ambientais na região amazônica, abordando mais de 2 milhões de veículos e 2,5 milhões de pessoas nas BRs da região.
A investigação segue para identificar a origem e o destino do ouro apreendido, suspeito de ter sido extraído ilegalmente em áreas de garimpo na Amazônia.
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