
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, nesta quarta-feira (10), a Operação Quimera Fiscal, que apura um esquema de fraudes em compensações tributárias. O prejuízo estimado aos cofres públicos chega a R$ 244 milhões.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava no Amazonas e em outros 13 estados, utilizando falsas consultorias para oferecer às empresas soluções fraudulentas que prometiam reduzir ou até eliminar débitos fiscais.
No total, foram identificados 187 contribuintes suspeitos de envolvimento, distribuídos em 65 cidades de 14 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Os responsáveis pelo esquema simulavam ações judiciais e apresentavam documentos adulterados, como guias de recolhimento da União (GRUs) com valores distorcidos, para justificar créditos inexistentes em Declarações de Compensação (DCOMP). Em contrapartida, cobravam até 70% do valor compensado e utilizavam o dinheiro para adquirir imóveis e bens de luxo.
Segundo a polícia, o principal suspeito usava CPFs falsos para ampliar a atuação da quadrilha. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo (SP) e Porto Alegre (RS).
A Receita Federal e a Polícia Federal informaram que as investigações continuam para identificar o destino dos recursos e apurar a participação de outros envolvidos. O nome da operação faz referência à quimera, criatura mitológica que simboliza a falsa aparência de legalidade criada pelo grupo.
Foto: Divulgação/Receita Federal
