Hamas libera últimos reféns israelenses vivos e Israel solta quase 2 mil prisioneiros palestinos em acordo histórico

O grupo palestino Hamas libertou nesta segunda-feira (13) os últimos 20 reféns israelenses vivos que mantinha em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023. A libertação ocorre como parte de um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, visando encerrar mais de dois anos de conflito na Faixa de Gaza.

Os reféns foram liberados em duas etapas: sete foram entregues no norte de Gaza pela manhã, e 13 no sul da região ao longo do dia. Todos foram transferidos para a Cruz Vermelha e, posteriormente, reunidos com suas famílias em Israel. A cerimônia de recepção em Tel Aviv reuniu milhares de pessoas, que celebraram o retorno dos entes queridos.

Em contrapartida, Israel iniciou a liberação de cerca de 1.900 prisioneiros palestinos, incluindo 250 que cumpriam penas de prisão perpétua e aproximadamente 1.700 detidos sem acusação formal. Os prisioneiros foram transportados para Ramallah, na Cisjordânia, onde foram recebidos por multidões que celebraram o retorno.

O acordo também prevê a devolução dos corpos de até 28 reféns israelenses que morreram durante o cativeiro. Até o momento, quatro corpos foram entregues, e os demais serão repatriados nas próximas etapas do acordo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que desempenhou um papel central na mediação do acordo, esteve em Israel para acompanhar a implementação do cessar-fogo. Em discurso no Parlamento israelense, Trump declarou que o acordo representa “o fim de uma era de terrorismo e morte” e anunciou planos para uma cúpula de paz em Sharm el-Sheikh, no Egito.

Apesar dos avanços, desafios significativos permanecem, incluindo a questão do desarmamento do Hamas e a governança futura da Faixa de Gaza. Uma conferência internacional está prevista para ocorrer em Nova Iorque em junho de 2025, com o objetivo de abordar essas questões e promover uma solução duradoura para o conflito.

A libertação dos reféns e prisioneiros é vista como um passo importante rumo à paz, mas a comunidade internacional continua vigilante quanto à implementação completa do acordo e à estabilidade na região.
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