Eduardo Braga reage a veto de Lula sobre BR-319 e promete articulação para derrubada no Congresso

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) criticou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à emenda que buscava facilitar o licenciamento ambiental do trecho central da BR-319, rodovia que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Segundo ele, a proposta vetada poderia destravar a obra no segmento mais crítico da estrada.

Braga destacou que Manaus é a única cidade do mundo, com mais de dois milhões de habitantes, que permanece sem ligação terrestre com o restante do país, apesar de abrigar um dos maiores polos industriais do Brasil. Ele defendeu que a rodovia seja recuperada com rigor na fiscalização e atenção aos impactos ambientais.

“O veto à nossa emenda que viabilizaria o licenciamento da BR-319 é um golpe contra um sonho de gerações. Manaus continua sendo a única grande cidade do mundo isolada por terra. Essa estrada já foi asfaltada e pode voltar a ser, com responsabilidade ambiental e compromisso com a integração nacional. Lutarei no Congresso para derrubar esse veto e garantir todos os instrumentos necessários para concluir a BR-319. O Amazonas não desistirá de se conectar ao Brasil”, afirmou.

O governo federal anunciou a intenção de tratar o assunto por meio de uma nova medida provisória que criará a Licença Ambiental Extraordinária (LAI), emitida pelo presidente da República com aval do Conselho da República. Para o senador, embora essa seja uma alternativa, o Congresso não deve abrir mão da emenda já aprovada pelas duas casas legislativas.

Braga afirmou que irá buscar apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para derrubar o veto. Ele classificou a BR-319 como um sonho histórico para os estados do Amazonas, Roraima e Rondônia, reforçando que a obra é fundamental para a integração nacional.

A BR-319 é considerada estratégica para conectar a Região Norte ao restante do Brasil. O trecho central da rodovia apresenta os maiores desafios técnicos e ambientais. O senador lembrou que a via já foi asfaltada no passado e defendeu que a discussão se concentre na governança e na fiscalização da obra para garantir responsabilidade ambiental e viabilidade logística.

Foto: Reprodução

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